Castigo e sensibilidade moderna:

dos suplícios à prisão, e da prisão ao abolicionismo carcerário

Autores

  • Luciano Oliveira

DOI:

https://doi.org/10.56081/revsusp.v3i2.637

Resumo

O artigo está dividido em dois momentos. No primeiro, tratará da mudança que se deu entre finais do século XVIII e inícios do XIX, quando os castigos corporais foram abolidos do arsenal das penas no mundo moderno e generalizou-se a pena de prisão. No segundo, tratará do momento que estamos vivendo: de um lado, cresceu o punitivismo em nossas sociedades; de outro, começaram a florescer nas sociedades ocidentais ideias generosas sobre o que fazer com os que infringiam as leis penais e surgiu, analogamente ao movimento abolicionista dos suplícios no século XVIII, um movimento abolicionista da punição que lhes sucedeu: a própria prisão. A hipótese do artigo é a de que, num e noutro caso, esses movimentos são animados pelo que o autor chama de “sensibilidade moderna”, fenômeno que tem na repulsa ao sofrimento físico uma de suas características principais.

Biografia do Autor

Luciano Oliveira

Luciano Oliveira é mestre em sociologia pela Universidade Federal de Pernambuco e Doutor também em sociologia pela Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais (Paris). Publicou, entre outros, os seguintes livros: Do Nunca Mais ao Eterno Retorno: uma reflexão sobre a tortura (Brasiliense); E se o Crime Existir? (Revan); O Aquário e o Samurai: uma leitura de Michel Foucault (Lumen Juris).

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Publicado

03-12-2024

Como Citar

OLIVEIRA, L. . Castigo e sensibilidade moderna:: dos suplícios à prisão, e da prisão ao abolicionismo carcerário. Revista do Sistema Único de Segurança Pública, Brasília, Brasil, v. 3, n. 2, p. 124–145, 2024. DOI: 10.56081/revsusp.v3i2.637. Disponível em: https://revistasusp.mj.gov.br/susp/index.php/revistasusp/article/view/637. Acesso em: 18 jan. 2025.

Edição

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